aos corações (corajosamente) intensos
16:58
Tão curto é o amor, tão longo o esquecimento.
(Pablo Neruda)
A culpa não é sua se você deu tudo o que tinha e, em troca, recebeu quase nada. A culpa não é dele. Ou dela. A culpa não é nossa.
Vamos culpar nossos corações e, em parte, nossas mentes por todas as noites perdidas criando situações perfeitas.
Teremos nossos corações quebrados uma, duas, doze, setenta e três vezes, mas jamais nos arrependeremos de ter dado o nosso melhor. E o nosso pior. Nós não nos escondemos. Nós mostramos a nossa calmaria e as nossas tempestades. Não nos contentamos com metades.
Nós seremos rotulados como estúpidos, fracos, loucos, mas lembremos que nenhum poeta deu apenas parte de si para a sua Arte. Nós fazemos a arte. Nós somos arte.
Cortaremos nossas orelhas, pintaremos céus estrelados e não seremos considerados corajosos. Mas somos.
É dos nossos corações, dos corações deles -os poetas- que sai a poesia mais real e pura. São dos nossos devaneios que saem os sonhos mais loucos que nos mantêm vivos. São as nossas lágrimas e os narizes úmidos que criam a catarse para que possamos existir.
Aos nossos corações corajosamente intensos, eu desejo as noites em claro, as danças no meio do dia, as poesias escondidas.
Ao seu coração corajosamente intenso, eu desejo você. Você na sua arte, você na sua caminhada, você na sua vida.
Aos nossos corações corajosamente intensos, eu desejo mais. Eu desejo falta de contentamento, eu desejo sonhos, eu desejo canções secretas.
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