amar demais

05:42



“Giving up on love is like giving up on yourself”. Essa é a frase que rodeia a minha cabeça há três dias e que surgiu do nada entre uma conversa sobre amor e planejamentos sobre o conto que tenho começado a elaborar. Para quem não entende o inglês (fora imperialismo), a frase é basicamente “desistir do amor é como desistir de si mesmo”. E, como eu já disse, tenho pensado muito sobre isso.

Quem me conhece, ou não me conhece, mas me segue nas redes ( #conectada) sabe que eu amo demais e sou apaixonada por homens. Em geral. Gostar de homens foi a minha ruína, mas Deus sabe o que faz. Pois bem. Amar demais não é uma tarefa fácil. Demanda tempo, paciência, um coração acelerado na maior parte do tempo e algumas lágrimas, não vou mentir. Amar demais se tornou minha característica mais forte. Eu amo demais porque posso estar “apaixonada” (veja que está entre aspas) por mil pessoas ao mesmo tempo e achar isso ok. Mesmo quando acham isso loucura. Eu amo demais porque eu simplesmente sou uma pessoa que leva muito tempo para superar coisas –livros, filmes, músicas, memes, homens.

Eu realmente não sei de onde veio esse Amar Demais, mas eu sei que ele tem me acompanhado por um tempo considerável na vida. Eu já passei por umas experiências muitos bostas no amor e, mesmo assim, eu continuo amando demais. Porque, talvez, eu ame demais amar demais. E talvez eu não tenha superado o Amar Demais. Lembra do parágrafo acima?

Só que eu tenho começado a me perguntar até onde isso vai dar. O que é o amor que cultivamos e conhecemos? Conversando com um amigo –vamos chamá-lo de #ele- percebi que o amor se apesenta de diversas formas a nós. O meu conceito de amor pode não ser o seu. Do mesmo jeito que chegamos à conclusão que #ele não sente o amor do mesmo jeito que eu. Chegar a essa conclusão foi meio #chocante porque até então eu pensava que o amor era um só: todo mundo sente do mesmo jeito e tá ok com isso. Só que somos seres plurais. Eu nunca (NUNCA) vou sentir o amor como você sente e você nunca (NUNCA) vai sentir o amor como sei-lá-quem sente.

E aí, chegamos à questão: será que eu amo demais ou será que o Amar Demais é só mais um tipo de amor dentro do espectro do amor? Talvez o meu amar não seja Demais, mas apenas o meu modo de amar e ser amada.

Tá bom, mas... e daí? E daí que eu tenho passado horas, dias me martirizando por achar que amar demais é bobo, é fútil, é vazio, mas esse é o jeito que eu sei amar. Não é um jeito que me foi ensinado, condicionado, ou forçado. É só um jeito. O meu jeito.

Enquanto eu conheço e cultivo esse Amar Demais, eu só preciso saber que amar nunca é demais. É só amor. E se alguém não consegue lidar com o meu modo de amar, bom... eu vou continuar amando demais. 

QUE TAL ESSES AQUI?

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